QUANDO A CONSCIÊNCIA SE TORNA ATO. REFLEXÕES SOBRE O FEMINICÍDIO E AS FREQUÊNCIAS QUE SUSTENTAMOS.
- João Pedro

- 3 de dez.
- 3 min de leitura
Quando a Consciência se Torna Ato: Reflexões Sobre o Feminicídio e as Frequências que Sustentamos
Por João Vivo
Nos últimos dias, uma amiga muito querida compartilhou comigo alguns vídeos falando sobre feminicídio. Recebi estes materiais com profundo respeito, porque reconheço a urgência do tema e a dor real que atravessa tantas vidas. E sou muito grato a ela por ter trazido essa reflexão até mim.
Ao mesmo tempo, algo em mim se moveu para além do impacto emocional inicial. Senti a necessidade de olhar para esta questão não apenas pelo ângulo da denúncia — que é válida e necessária — mas também pela lente da criação consciente, que é o fundamento de meu caminho pessoal, profissional e espiritual.
Aprendi, ao longo de muitos anos de estudos, que a energia que alimentamos é a energia que ampliamos. E quando falo isso, não me refiro a “culpar vítimas” ou dizer que alguém atrai uma violência. Jamais. Violência é sempre uma violação, é sempre um abuso de poder, e nunca responsabilidade de quem sofre.
O que eu desejo iluminar aqui é outra coisa:
a forma como, coletivamente, acabamos fortalecendo certos campos emocionais quando só reverberamos medo, indignação e impotência — sem ao mesmo tempo gerar novas possibilidades de consciência, de presença e de ação.
Sobrevivência Versus Criação: a Frequência que Sustenta o Mundo
No livro “Quebrando o Hábito de Ser Você Mesmo”, especialmente no capítulo 5, Joe Dispenza descreve as duas grandes frequências que operam em nós:
O estado de sobrevivência, baseado no medo, na reação, na luta ou fuga.
O estado de criação, baseado na presença, na abertura, na expansão da consciência e na capacidade de gerar realidades novas.
A maior parte dos sistemas violentos (incluindo o feminicídio) se alimenta exatamente do estado de sobrevivência: do medo, da repetição automática de padrões, do condicionamento emocional herdado, de crenças inconscientes sobre poder e controle.
Quando permanecemos apenas na denúncia, tristes e chocados, ajudamos a manter o sistema emocional coletivo na mesma vibração de medo e vulnerabilidade. O que proponho aqui é um passo a mais: agir também no campo da criação, onde realidades novas podem finalmente surgir.
Como o meu estilo de vida se integra a esta visão
Meu caminho cotidiano — a Alimentação Mais Viva, o cultivo orgânico, as práticas de integração dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, e os estudos sobre consciência e bioenergia — faz parte deste compromisso:
gerar presença, coerência e paz com a minha própria biologia e com o campo ao meu redor.
Eu realmente acredito que uma vida vivida desde a criação e não desde a sobrevivência já contribui para transformar o campo coletivo que sustenta as violências.
É uma ação silenciosa, mas profunda.
É política no sentido mais essencial: atuar na qualidade da energia que produzimos no mundo.
Mas como isso ajuda concretamente a evitar o feminicídio?
Quero oferecer aqui algumas atitudes e mudanças de crença que considero transformadoras — não apenas espiritualmente, mas socialmente:
1. Elevar a consciência pessoal
Criar estados internos de calma, presença e autorresponsabilidade emocional.
Pessoas que vivem no estado de criação influenciam seus relacionamentos, seus filhos, seus vizinhos e sua comunidade.
2. Ensinar desde cedo sobre limites, respeito e autonomia
Uma cultura que não sabe lidar com limites cria adultos que tentam controlar o outro.
3. Transformar crenças inconscientes sobre papéis de gênero
Violências se perpetuam enquanto crenças antigas permanecem intactas.
4. Praticar relações baseadas em presença, comunicação real e escuta
Muitas situações de violência surgem em ambientes emocionalmente anestesiados.
5. Cultivar práticas que diminuam o estresse e a reatividade
Respiração, alimentação viva, contato com a natureza, meditação e práticas de coerência cardíaca reduzem tendências agressivas e impulsivas.
6. Fortalecer mulheres energeticamente e emocionalmente
Autoconhecimento, autonomia financeira, redes de apoio, espiritualidade e integração emocional.
7. Criar comunidades conscientes
Ambientes onde amor, respeito e diálogo não são exceções, mas o natural.
Sair do papel de vítima — mas nunca culpar quem sofre
Quando falo em “não permanecer no papel de vítima”, não me refiro às mulheres que sofreram ou sofrem violência.
Refiro-me a nós, como sociedade, que muitas vezes ficamos apenas na queixa, na dor, na indignação, sem gerar novas frequências, novas atitudes, novas escolhas de consciência.
Honrando minha amiga e honrando todas as mulheres...
Sou profundamente grato à minha amiga por ter trazido este tema à minha consciência.
Que esta reflexão seja um convite — não para ignorar a dor, mas para transmutá-la.
Que possamos, cada um de nós, viver de tal forma que o campo energético, emocional e cultural do planeta não dê mais sustentação para o feminicídio.
Que possamos agir na matéria e agir na consciência.
Que possamos denunciar, proteger, amparar — mas também criar novos estados de ser.
Porque, como diz Joe Dispenza,
“Quando mudamos o estado interno, mudamos o mundo que percebemos — e o mundo que criamos.”
Com amor, presença e responsabilidade,
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João Pedro Pinto
Arte Viva Atelier
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